Pensar e Colaborar PCE a partir da exposição de Eduardo Malta I turma T1
Apresentação
A comemoração dos 125 anos do nascimento de Eduardo Malta, figura maior da pintura portuguesa do século XX e ainda insuficientemente reconhecido na Covilhã, constitui uma oportunidade privilegiada para reforçar a relação entre escola, comunidade e património cultural. Esta Ação de Curta Duração (ACD), desenvolvida em parceria com o Plano Nacional das Artes, insere-se na estratégia do CFAE Beira Interior de promover práticas pedagógicas inovadoras que valorizem a literacia artística dos docentes e incentivem a aproximação aos recursos culturais do território. O enquadramento desta ação articula-se com o eixo C do PNA — Educação, participação e acesso — que defende a escola como polo cultural e a comunidade como território educativo, estimulando práticas colaborativas e transdisciplinares. A exposição “Eduardo Malta – olhares que contam histórias” oferece um contexto autêntico de aprendizagem, permitindo o contacto direto com obras de arte e com narrativas visuais profundamente ligadas à identidade local. A ACD responde às necessidades formativas das escolas da região, reforçando a implementação dos Projetos Culturais de Escola (PCE) e contribuindo para a construção de uma cultura de questionamento, experimentação e colaboração, em coerência com os planos de desenvolvimento dos Agrupamentos/Escolas Não Agrupadas e com a missão do CFAEBI.
Destinatários
Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial
Releva
Despacho n.º 5741/2015 - Enquadra-se na possibilidade de ser reconhecida e certificada como ação de formação de curta duração a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 22/2014.
Objetivos
. Reforçar a literacia artística dos docentes Desenvolver competências de observação detalhada, análise estética, leitura crítica e interpretação de obras de arte. Utilizar a análise de obras como recurso transversal para diferentes áreas disciplinares. 2. Aproximar os docentes ao património cultural local Promover o conhecimento informado sobre a vida e obra de Eduardo Malta. Valorizar a identidade cultural da Covilhã, integrando referências locais em práticas pedagógicas significativas. 3. Capacitar os docentes para conceber e implementar Projetos Culturais de Escola (PCE) Compreender os princípios e metodologias associadas aos PCE no âmbito do Plano Nacional das Artes. Desenvolver competências para programar em colaboração e construir propostas transdisciplinares, incluindo DAC. 4. Incentivar a mudança de práticas pedagógicas através de metodologias ativas Explorar abordagens que mobilizem a experimentação artística, a sensorialidade e o envolvimento corporal e emocional. Integrar metodologias que promovam aprendizagens significativas e multifacetadas. 5. Conceber materiais didáticos e estratégias pedagógicas inovadoras Criar recursos que possam ser utilizados, adaptados e disseminados nos contextos escolares de origem. Estimular práticas de ensino que integrem arte, criatividade e experimentação. 6. Promover o trabalho colaborativo entre docentes Fomentar o diálogo profissional, a partilha de experiências e a construção coletiva de soluções educativas. Consolidar práticas de cooperação inter-escolas e entre diferentes áreas disciplinares. 7. Integrar princípios de inclusão educativa Desenvolver propostas que tenham em consideração alunos abrangidos por medidas seletivas ou adicionais. Utilizar a arte, o espaço expositivo e a experiência sensorial como vias diferenciadas de acesso ao currículo.
Conteúdos
Os conteúdos são estruturados de acordo com as etapas da ACD e incluem: Eduardo Malta e a exposição “Olhares que contam histórias” Breve apresentação da vida e obra do artista. Enquadramento da exposição e das narrativas visuais que apresenta. Plano Nacional das Artes e PCE Princípios orientadores do PNA. A escola como polo cultural e a comunidade como território educativo. Conceção e implementação de Projetos Culturais de Escola. Análise de obras de arte Leitura formal, expressiva e interpretativa de uma obra selecionada. Questões orientadoras para promover a observação, a imaginação e a sensorialidade. Relações entre obra, corpo, espaço e narrativa. Visita guiada e exploração sensorial do espaço expositivo Observação orientada das obras e reconhecimento das histórias visuais. Identificação de potenciais pontos de partida para atividades pedagógicas. Programação em colaboração Conceitos de colaboração, cocriação e transdisciplinaridade. Etapas de planificação de um projeto colaborativo. Construção de propostas de DAC e de atividades integradoras. Conceção de um PCE aplicado ao contexto dos participantes Trabalho em subgrupos. Formulação de ideias, desenho de atividades e definição de objetivos. Discussão e partilha final.
Metodologias
A ACD adota uma abordagem eminentemente prática, participativa e experiencial, em consonância com os princípios do PNA. As metodologias incluem: Aprendizagem situada em contexto real, com realização da ação no Museu da Covilhã e na Galeria António Lopes, promovendo o contacto direto com as obras de arte e com os espaços culturais da cidade. Metodologias ativas, centradas na experimentação, exploração sensorial, questionamento e construção colaborativa de conhecimento. Análise coletiva de uma obra de arte, utilizando guiões de observação que mobilizam diferentes inteligências, favorecem a interpretação e estimulam a criatividade. Trabalho de grupo inter-escolas, fomentando a diversidade de perspetivas, o diálogo profissional e a partilha de práticas. Visita guiada orientada pelos curadores, proporcionando uma contextualização aprofundada das obras e das histórias apresentadas. Oficina de criação de propostas de PCE/DAC, onde os participantes aplicam os conceitos abordados e desenham projetos replicáveis nos seus contextos educativos. Discussão final e reflexão conjunta, consolidando aprendizagens, identificando oportunidades futuras e promovendo o compromisso com a disseminação das práticas trabalhadas.
Anexo(s)
Observações
Os/as formandos/as são indicados (3 por UO), pelos coordenadores/as dos projetos culturais de escola